quarta-feira, 6 de maio de 2009



AUGUSTO BOAL

I. AUGUSTO BOAL



Numa das últimas entrevistas que deu - à Carta Capital -, Augusto Boal defendia que, "hoje, todas as formas de expressão e comunicação estão nas mãos dos opressores". Na sua opinião, "o que a televisão oferece é um crime estético". Afirmava: "E ainda acham estranho que alguém saia matando quinze pessoas de uma só vez. O cérebro das pessoas está impregnado dessas imagens. As rádios também repetem o mesmo som o tempo todo. Sem falar no tecno, que desregula até marca-passo, e é pior que ouvir gente quebrando tijolo em construção. O que a gente quer, no Teatro do Oprimido, é lutar nestes três campos: palavra, imagem e som."
A obra de Boal está traduzida em mais de 20 línguas e o The Guardian considerou-o tão importante como Brecht. Nomeado Embaixador da UNESCO para o teatro e indicado em 2008 para o Prêmio Nobel da Paz, Boal tinha leucemia e morreu de insuficiência respiratória dia 2 de maio, no Hospital Samaritano, Rio de Janeiro.


Segundo o presidente Lula,
Augusto Boal deixa uma marca que jamais será esquecida.

"Era o exemplo de um companheiro que dedicou a sua vida à transformação social por meio da arte".


"Esta é a essência do teatro: o ser humano que se auto-observa. O teatro nasce quando o ser humano descobre que pode observar-se a si mesmo: ver-se em ação. Ao ver-se, percebe o que é, descobre o que não é, e imagina o que pode vir a ser. Percebe onde está, descobre onde não está e imagina onde pode ir. Cria-se uma tríade: EU observador, EU em situação, e o Não-EU, isto é, o OUTRO". E continua: "O teatro é uma ferramenta extraordinária para transformar o monólogo em diálogo". Missão do Verdadeiro Ator. Agradeço a Deus-em-mim permitir-me ouvir voz do meu coração e ter feito um dia a inscrição em um curso de Iniciação Teatral. Todas essas experiências me ensinaram a utilizar minha "memória emotiva" (Stanislavski) de modo técnico, sabendo respeitar o necessário "distanciamento" (Brecht) entre ator e personagem a fim de me tornar um "agente transformador de mim mesmo" (Boal) e até mesmo do ambiente onde estiver inserido.

Infelizmente, em nosso país, a notícia de seu falecimento repercutiu apenas como nota de rodapé...

Em maio de 2006 coloquei o texto abaixo em meu blogue:
31/05/2006 15h54
Reli, dias atrás, uma revista que traz a única entrevista concedida pelo Guimarães Rosa ao seu tradutor e amigo Gunther Lorenz --nomeado por ele como "vaqueiro das Gerais na Alemanha". Além dessa preciosidade, a revista, inteiramente dedicada a uma retrospectiva dos anos 60, publica raridades como um depoimento do Augusto Boal, mentor e dirigente do Teatro de Arena. E é aí que a coisa pega. Seu discurso, absolutamente politizado, vai situando as vertentes do teatro daquela época e, sem eufemismos e papas na língua, passa a cobrar a participação de todos na empreitada de um teatro mais revolucionário e participante. E denuncia, com ferocidade, o SNT, o INC, a Censura, os critérios de subvenção e proibição e acusa de reacionários todos os artistas de teatro, cinema ou TV que se esquecem de que a principal tarefa de todo cidadão, através da arte ou de qualquer outra ferramenta, é a de libertar o Brasil e derrotar o invasor.E coloca frases lapidares como essas: o dinheiro, este sim, é o verdadeiro demiurgo do gosto artístico posto em prática; é necessário fazer com que o teatro frequente os circos, as praças públicas, os estádios e os descampados em cima de caminhões; não é possível agredir o predicado e não o sujeito.
É claro que depois de reviver essa manifestação verbal de consciência, de consequência e de responsabilidade do artista enquanto cidadão, fica difícil dizer qualquer coisa. Até porque esse tipo de consciência --indispensável para a transformação orgânica da sociedade-- e que estava tão disseminada naquela época, hoje não passa de utopia jurássica para velhos e remanescentes dinossauros.


Recebemos de Regina Vater.



Regina Vater no Palavrarte:
http://palavrarte.com/equipe/equipe_regina.php
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II- AUGUSTO BOAL



No blog Serenade:

http://lxsp.blogspot.com/

Agradeço o revolucionário homem de teatro, Augusto Boal, que com sua prática, formulou teorias a respeito de seu trabalho, tornou-se uma referência do teatro brasileiro, e influenciou a literatura teatral no mundo inteiro.

Espero por você!

Beijares e abraçares

Recebemos de Vera Barbosa


Blog:

http://lxsp.blogspot.com/

Site:

http://www.verabarbosa.com.br/

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III - AUGUSTO BOAL

Teatro brasileiro perde uma de suas mais rebeldes figuras.

Fundador e Militante do Teatro do Oprimido, Boal dedicou a vida e obra a luta em favor dos desprivilegiados

http://www3.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/teatro-brasileiro-perde-uma-de-suas-mais-rebeldes-figuras

Recebemos de Gilda Arantes


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