Parcerias com Cazuza - Disco Novo!

Quarta, 24 de março de 2010

19:25

Local:
O GLOBO

SHOW
PRAIA DO LEME DOMINGO 28 de março
Gravando terceiro cd solo
17 parcerias com CAZUZA.
Lançamento dia 11 de maio Canecão.


Em 2008, George Israel foi convidado a participar de um evento de poesia na Letras & Expressões.
Ele contaria histórias e faria um pocket show.
Dias antes, o coordenador do evento, Glad Azevedo, que também estava fazendo o trabalho de divulgação, ligou com uma dúvida: quantas parcerias ele tinha com Cazuza?
"Um punhado", respondeu o saxofonista, violonista e cantor.
Mas a resposta vaga deixou uma dúvida em sua cabeça.
Depois de uma pequena vasculhada em seus arquivos, ele chegou às 17 canções, entre elas, uma inédita, "Você vai me enganar sempre", do disco que está sendo produzido por Dadi e que deve ser lançado ainda neste primeiro semestre.
Israel também celebra o parceiro, que morreu há 20 anos, em um especial para a Band Rio, que será gravado no dia 20 de abril, no Canecão.- Nunca tinha pensado nisso.
Em meus shows, cantava quatro canções nossas. Quando rolou essa história, vi que tinha uma obra com ele.
Algumas músicas foram gravadas há muito tempo, outras não se tornaram conhecidas, viraram lado B em discos do próprio Cazuza. Achei que o legal seria essas músicas darem o tom diz IsraelEle lembra que havia músicas de cuja melodia não se lembrava direito e que mexer no material foi emocionante.- Tive que reaprender mesmo as músicas, que foram feitas há anos e lançadas em discos diferentes.
Então tive a missão de buscar nos novos arranjos uma sonoridade que desse unidade. Chamei o Dadi para me ajudar no processo. Começamos no dia 20 de janeiro. Ou seja, todo o trabalho foi feito de supetão.
E a figura do produtor foi fundamental para ter um olhar de fora sobre o trabalho.
Israel lembra que conheceu Cazuza através de Frejat.- Todos participávamos de vários projetos. Eu tinha uma banda com o Frejat quando ele entrou para o Barão. Lembro que ele já tinha falado do Cazuza quando me mostrou "Down em mim".
A letra me chamou muito a atenção. As letras de rock e blues até então eram sofríveis. Depois o conheci no Arpoador, no Circo Voador, e nos aproximamos.
Quando o Circo foi para a Lapa, eu abri o primeiro show do Barão lá, com a minha banda da época.
Mas a primeira parceria só surgiu tempos depois, e pelas mãos de Frejat, amigo de adolescência de Israel. - Ele me chamou para fazer uma música para a trilha do filme "Beth Balanço", do Lael Rodrigues. A partir de "Amor, amor", o Cazuza passou a só me chamar de "parceirinho". Quando ele saiu do Barão, perguntou se eu não tinha uma música para mandar. Eu tinha um gravador de quatro canais, o que era uma raridade por aqui. E daí saiu "Solidão, que nada", feita em parceria também com o Nilo Romero, que dividia apartamento comigo.
Tempos depois, Cazuza encomendou uma outra para "Rádio pirata", de novo uma produção de Rodrigues. Ele e Nilo mandaram uma balada, mas Cazuza queria algo mais pulsante, para cima. Israel então mandou um rock com uma levada de tamborins.- Sempre o incentivávamos a escrever letras com cunho social. E ele acertou a mão nesta: "Brasil".
Do filme, ela foi para a abertura de "Vale tudo", na voz de Gal Costa, e traduziu perfeitamente o Brasil da reabertura e do mar de lama da novela. - Quando o (produtor) Ezequiel Neves ouviu, falou, daquela maneira escancarada dele: "É um hino, garotinhos!".
Israel, assim que teve a ideia de gravar as parcerias, consultou Lucinha Araujo, mãe de Cazuza, que deu força para o projeto. Então ele resolveu chamar os amigos como Frejat, Sandra de Sá, Ney Matogrosso e artistas como Marcelo D2 e Tico Santa Cruz.- Naturalmente, um disco do Cazuza tem que virar uma festa. Então chamei quem não podia faltar e gente que não conheceu o Cazuza mas que o tem como referência. A inédita do disco, na realidade, tem uma história curiosa. Cazuza mandou a mesma letra para Frejat e Israel. Ou seja, foram feitas duas músicas diferentes. A versão com Israel vai receber a sua primeira gravação, com direito a duo com Cazuza, cuja voz foi preservada, límpida, na gravação da tal mesa de quatro canais, ainda em atividade.- Isso é comum em música. Às vezes você faz uma parceria, acha que não está legal e manda a letra ou a música para um outro parceiro. Quando percebemos, tínhamos duas canções. Então fica estabelecido que esta será a "Você vai me enganar sempre 2" - brinca.


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George Israel

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