Aliás, revista eletrônica de cultura
Esta edição é a última de 2010 mas também uma pré-edição para 2011. Uma útlima quase primeira. É que sempre acabamos o ano pensando em começos, cheios de expectativas, projetos e esperanças. Talvez motivados por isso tenhamos feito o possível para terminar este ano já com um novo site para revista. Como você deve ter percebido o site não é mais o mesmo. Ele está mais ágil e possiblilta maior interatividade.
Mais importante que finais ou começos é o que tem no meio. A aposta é deliciar com a coluna Contos , em Rabo e Crônica mínima de Edmar Monteiro Filho onde o lirismo do autor aumenta o humano em nós à máxima potência.
Em seguida, tome fôlego, clique em Ensaios e mergulhe no sorriso do gato de Alice, a bela ilustração de Bianca Tupinambá, que o levará ao maravilhoso mundo de Cecília Meireles, pela batuta de Márcia Eliza, no "próprio mar" que é o artigo assinado por ela.
E se seus olhos estiverem querendo cores, corra para Artes visuais. Mergulhe em Ilana Zisman. Mas, mergulhe bem, volte e nos conte! Emende um conto novo com Mariel Reis. Ele traz Crônica tardia sobre o dias dos pais. Aliás, quando é tarde? Inclusive qual é o tempo do tempo? Por isso não canse agora e vá até Marques Rebelo, com "Aborrecimento, quase poesia".
Você sabe que existem muitas outras maravilhas através do espelho. Clicando em Poemas, um canto para poesia, você provará: Francisco Melo Cabral com suas palavras siamesas;Nicolas Behr, que fala também por imagens; Victor Sosa, poeta uruguaio traduzido por Claudio Daniel, numa parceria rascante; Luisa Demétrio Raposo e sua imensidão/ mansidão; Paulo Pego em suas "edificações" em palavras; as fendas/verdades de Fabiano Calixto; o ritmo de Simone Homem de Mello; a delicadeza aliada ao humor sutil de Clarice Linden e a leveza/velocidade de Gabriela Marcondes.
Temos também resenhas literárias fresquinhas com Antonio Arroyo Silva (que teve seu texto traduzido do castelhano por Eugenia Gay-Brussino) e Silas Correa Leite.
Ninguém aqui se esqueceu de ir ao cinema. Marcelo Scanzani, com seu olhar treinado de cinéfilo oficial passou pela Mostra internacional de cinema de São Paulo deste ano e vem contar tudo o que viu e não viu em A sétima vértebra.
Continue sua viagem acessando a crônica de Paula Cajaty, que em função da mudança no calendário e seguindo o tema da revista faz um balanço geral. Luis Serguilha do seu Obelisco leva-nos a um contato imediato com Beatriz Bajo.
Para não dizer que nao falamos de música, temos Daniela Aragão e sua coluna Dão, entrevistando Heloísa Tapajós, numa conversa para lá de descontraída. E para fazer companhia a Daniela Aragão e Heloísa Tapajós, temos o músico e compositor Thiago Amud, que apresenta três letras de seu primeiro CD solo, Sacradança.
Na coluna da ilustradora da revista, Bianca Tupinambá, veja seus mais recentes trabalhos. Note o véu sobre eles. Esta inovação no seu traço dá a suas imagens sempre lúdicas um ar sombrio , quase gótico sem quebrar o certo ar infantil, que é a graça de seu olhar.
Entenda ou desentenda de uma vez por todos [é todos mesmo] a poética de Luis Serguilha, também nosso colunista, na coluna Contexto de Marcelo Moraes Caetano. Também tem resenha sobre a obra de Tanussi Cardoso, em Leitor ocultor, coluna que assino.
E não perca em hipótese alguma a estréia do co-editor da revista como colunista, Anderson Fonseca, com Fábulas.
Espero que aprecie e sobretudo que tenha valido a pena esperar pela edição.
Aliás, revista eletrônica de cultura. Edição IV/2010.
Aliás, goze.
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