terça-feira, 1 de fevereiro de 2011


Em fevereiro,
mais shows do
Tio Samba
às terças no Teatro do CCJF
Terça, 1 de fevereiro · 19:00 - 21:00

Teatro do Centro Cultural da Justiça Federal
Av. Rio Branco, 241, Centro (pertinho da Estação Cinelândia do Metrô)
Rio de Janeiro.
Criado por
Tio Samba


Tio Samba lança seu novo CD, "É Batata!
- Carmen Miranda
revisited"Classificação do espetáculo: Livre
Local : Centro Cultural da Justiça Federal (Av. Rio Branco, 241 - Centro - Rio de Janeiro/RJ
- (21) 3261-2555 begin_of_the_skype_highlighting (21) 3261-2555 end_of_the_skype_highlighting
- lotação: 142 assentos e dois lugares para cadeirantes.
Data e horário: Terças, 18/01, 25/01, 1º/02 e 8/02, às 19h...
Preço do ingresso: R$ 20,00 (R$ 10,00 para estudantes e idosos)
Definindo-se como uma "orquestra típica de samba", o Tio Samba lança o seu segundo CD, "É Batata!" (Centro Cultural Carioca Discos), cujo repertório baseia-se no show comemorativo ao centenário de Carmen Miranda já apresentado com sucesso em vários palcos no Rio de Janeiro e em Niterói. Algumas músicas do CD como "Camisa Listada", "Fon Fon", "Gira!" e "Cozinheira granfina" já tocam nas rádios cariocas e poderão ser conferidas ao vivo nesta apresentação.A expressão "É Batata!", que dá nome ao CD, era uma das gírias favoritas e mais utilizadas pela Pequena Notável para dizer que alguma coisa era infalível e certamente teria êxito. Todas as canções de seu repertório foram compostas nos anos trinta do século passado, um tempo em que tudo era alegria e os eventuais dissabores eram enfrentados com fina ironia e inspiravam obras primas da nossa música popular. No entanto, os arranjos, feitos especialmente para o Tio Samba, mostram que mesmo os elementos mais tradicionais da estrutura musical que caracterizam o samba podem ser reapresentados de maneira inovadora e surpreendente. E a interpretação dos dois cantores do grupo, Carlos Mauro e Simone Lial, tanto nos solos como nos duetos, apresenta uma leitura atualizada e, ao mesmo tempo, fiel em espírito aos clássicos da nossa música originalmente lançados por Carmen Miranda.A intenção do Tio Samba também é a de apresentar uma "Pequena Notável" não muito conhecida, aquela cantora que foi a maior e a mais ousada da música popular brasileira dos anos trinta. Uma Carmen esquecida da memória do público brasileiro, traída pela imagem de humorista sul-americana propagada pelos filmes de Hollywood. Uma Carmen "pré-American Bombshell".
O Tio Samba é formado por Carlos Mauro e Simone Lial (vozes), Marcio Arese (sax tenor), Whatson Cardozo (clarineta e sax alto), Fabiano Segalote (trombone e bombardino), Maico Lopes (trompete), Davi Nasa (tuba), Bernardo Dantas (violão), Thiago Cunha (cavaquinho), Marconi Bruno, Felipe Tauil e Fred Alves (percussão).
O escritor, compositor e produtor Sérgio Cabral descreve suas impressões sobre o novo CD do grupo:“Quando ouvi este CD, a minha primeira conclusão foi a de que o Brasil tem jeito. Se não fosse assim, como se explicaria que a excelente Orquestra Tio Samba, formada por jovens e grandes músicos, entre no estúdio para gravar sambas do repertório de Carmen Miranda e os traga com o frescor das músicas inéditas, sem que nenhuma delas sofra qualquer deformação?Verdade, amigos. Embora o repertório tenha ido até 1931, quando foi lançado o samba Gira, de Ary Barroso e Marques Porto, não há o menor sinal de saudosismo no CD. No entanto, a rapaziada do Tio Samba não teve a menor necessidade de recorrer a raps, funks, etc. para provar que, sabendo tratá-la, a boa música – tal qual o poeta – não é antiga nem moderna, é eterna. Trata-se, sem dúvida, de um CD brasileiríssimo do Século XXI.Chamou-me a atenção, particularmente, o tratamento dispensado a Na batucada da vida, o belíssimo samba de Ary Barroso e Luís Peixoto.
A orquestra poderia ter-se apropriado da harmonia e do andamento criados para essa música por Antônio Carlos Jobim – consagrados na gravação de Elis Regina – mas preferiu mostrar que a gravação original (de 1934, com arranjo de Pixinguinha) poderia reaparecer com a jovialidade de um samba de hoje.A boa qualidade deste trabalho não se limita ao tratamento formal dispensado às músicas. Chama a atenção também para a determinação dos instrumentistas e dos cantores de cada um dar o melhor de si, sem que nenhum deles corra atrás de um brilhareco qualquer. É a velha lição dos Três Mosqueteiros, na base de um por todos e todos por um".

Recebemos de Carlos Mauro.
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